NOTÍCIAS
+ NOTÍCIAS | LISTAR
Como a Nutrição pode ajudar nos sintomas da Covid Persistente
fonte - BBC | USP | ANDF
Em outubro de 2020, novo termo passou a circular entre os médicos e chamou a atenção dos cientistas: a covid persistente. Naquele mesmo mês, reportagem da BBC ouviu profissionais da saúde sobre o assunto. Os relatos davam conta do que estava ocorrendo com a maioria das pessoas que tinham passado pela covid-19, de maneira leve e breve.
Mesmo vencendo a doença, sofriam por meses com sintomas como fadiga contínua, depressão, ansiedade, dor persistente e falta de ar. Estes relatos têm aumentado e existem muitas histórias de cansaço extremo, mesmo depois de uma caminhada curta.
O estado emocional tem chamado a atenção nestes registros, como o relatado à BBC pela francesa Pauline Oustric, de 27 anos. Ela lamentou que ainda não tenha recuperado a saúde que era perfeita. “Não precisou ser internada em hospital, mas, nove meses depois de ter contraído covid-19, diz que não tem a energia de antes. Desde março vive em uma montanha russa, alternando dias bons e ruins por causa dos sintomas cíclicos.”
No Brasil, resultados iniciais de uma pesquisa com pacientes recuperados de covid-19, acompanhados pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, apontam que 64% têm algum sintoma persistente seis meses depois do início destes sintomas. "Entre os pacientes atendidos pelo ambulatório pós-covid (MINC) do Hospital das Clínicas da FMRP, os principais sintomas persistentes são fadiga, falta de ar, dor de cabeça, perda de força muscular, dificuldade para enxergar ou incômodo nos olhos. Os dados são coletados pelo projeto Recovida, que acompanha, desde maio de 2020, sobreviventes da covid-19 para observar as repercussões da doença", destaca a pesquisa.
Enquanto a ciência se dedica ao estudo destes casos, a Nutrição também pode auxiliar na melhora da disposição, com a ingestão de alimentos que produzem mais serotonina. "Para a produção cerebral da serotonina há necessidade de matérias primas (chamadas de cofatores) fundamentais para sua síntese, como
Triptofano (aminoácido), magnésio, cálcio (minerais), vitaminas do complexo B, ácido fólico, ômega -3", avalia a nutricionista Glaucia Medeiros, presidente da ANDF.
Mas vale o alerta: alimentos com carga glicêmica alta podem provocar um aumento moderado nos sintomas.
"Ao longo do último anos diversos pesquisadores ao redor do mundo se debruçaram sobre este tema. Estudo envolvendo 20 mil participantes, do UK-Biobank, mostrou que dietas ricas em açúcar, gorduras saturadas ou calorias podem prejudicar a função neural e reduzir a capacidade do cérebro de fazer novas conexões neurais", citou Glaucia.
A presidente da ANDF destaca que uma dieta balanceada é importante e aponta alimentos que não devem faltar neste processo. Peixes, como salmão, atum, sardinha, linguado; azeite de oliva extra virgem, ovo (rico em vitaminas do complexo B), vegetais verdes, ricos em ácido fólico. Outros vegetais também como brócolis, couve-flor, ervilhas, frutas fontes de triptofano como abacate, banana, abacaxi (ao menos três porções ao dia) e ricas em ácido fólico e vitamina C como laranja, limão e maçã.
As oleaginosas, fontes de antioxidantes, também irão auxiliar na melhora dos sintomas do estado depressivo.
E é bom lembrar da aveia em flocos, excelente fonte de vitaminas do complexo B e fibras, que vai auxiliar na manutenção de um intestino saudável, essencial para o bom funcionamento do eixo intestino - cérebro e importante para a manutenção do humor.
+ NOTÍCIAS | LISTAR
- Como se refrescar e manter a saúde no calor de Brasília
- ANDF dá início ao processo eleitoral para escolha de nova diretoria
- Proteína do sistema imune pode proteger desenvolvimento do diabete tipo 1
- Festa junina em casa e saudável é possível? Confira as dicas da ANDF
- Desafios para o nutricionista e portadores da doença celíaca
- Hipertensão arterial e o desafio de ir além da simples redução do sal